terça-feira, 7 de setembro de 2010


Seus olhos cor de mel, marejados pelas lágrimas, transmitiam uma estranha sensação de conforto apesar da dor. Talvez a palavra certa seja esperança. Esperança de que tudo ficará bem. Sereno como um anjo prateado e, ao mesmo tempo, frágil como uma pétala de rosa.

O guarda chuva para tempos ruins estava desgastado. O coração, que antes batia energicamente, se encaminhava para o último suspiro antes que se transformasse em uma máquina de dizer 'sim'.

O vento soprava seus cabelos pretos, enquanto seu olhar estava fixo no horizonte, tentando se agarrar a algum fio que o puxasse de volta, mas não havia nada, apenas o medo e a desilusão.

Agora era apenas ele. Sonhava acordado para fugir da dor que esmagava seu peito.

Por fora, um sorridente e sonhador, devorador do mundo. Por dentro, apenas mais um covarde que se refugia dentro de seu próprio corpo. Testemunha de sua própria dor.

A partir daí, um leão por dia.

4 comentários:

  1. Caramba, que intenso.
    Dá pra você imaginar muito a partir do seu texto. :)

    Parabéns, se dá bem com as palavras. :)

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  2. Muuuiito profundo...
    Tu já pensaste em escrever contos, ou algo assim? porque é muuuito bom o que tu escreve!
    Parabééns mesmo!

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  3. MUito bom mesmo; e como a "Aivilana" disse:
    " Dá pra você imaginar muito"
    Parabéns, lê.

    -Olha, tô voltando a postar no meu Blog.
    Passa lá!!!

    Beijos!

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  4. Ieeei! Muuuiiitoo boomm! Isso poderia ser muuito parte de algum livro muuuiiitoo bom de aventura ou algo do tipo! AMEEEIIII!!
    parabéns mesmo!
    beijos!

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